Que belo tempo livre!

por Tatiane Oliveira
tatiane@geleiageral.com.br
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Que belo tempo livre!

19-06-06- Você já imaginou o Paulinho Fonseca, baterista do Jota Quest sem as suas baquetas e com as mãos e roupas sujas de graxa? Pois é mais ou menos assim que você o encontra nos dias em que está de folga. Ex-estudante do curso de engenharia mecânica, ele não se arrepende de ter largado a vida acadêmica para formar o Jota Quest. Hoje, quase quinze anos depois, feliz da vida, ele também se dedica a transformar carros velhos em verdadeiras máquinas.

GG - Como surgiu seu interesse por carros antigos?
Paulinho Fonseca – Eu sempre fui louco por carro e um dia resolvi fazer disso um hobby, que era restaurar carros antigos e fazer “Hot Rods”, aí a coisa deu certo e o hobby virou um negócio.

GG - Como e quando surgiu a idéia de montar uma oficina?
Paulinho Fonseca – A oficina surgiu da necessidade de tornar os carros cada vez melhores, mas tinha muita dificuldade de encontrar profissionais, foi daí que resolvi montar a oficina e começar a trabalhar com minha própria mão de obra.

GG - Quantos funcionários trabalham com você atualmente?
Paulinho Fonseca – Hoje temos 18 profissionais, que trabalham na Nittro Rod Hots e na Lata Velha.

GG – Qual o tempo para um veículo ser restaurado?
Paulinho Fonseca – Isso leva mais ou menos um ano e meio. Esta é a média para uma boa restauração, mas tenho um carro que estou fazendo há seis anos e ele ainda não ficou e nem está próximo de ficar pronto (risos).

GG - Qual o carro que você mais gostou depois de pronto?
Paulinho Fonseca: O carro que fiz para o PJ (baixista do Jota Quest), ele é o último filho e por isso é o preferido.

GG: Como você organiza os compromissos com o Jota Quest e as obrigações com a oficina? Você tem algum sócio?
Paulinho Fonseca: Hoje a situação é um caos controlado, dedico todo meu tempo livre a oficina. Já tive um sócio, mas ele não agüentou a pressão e pediu pra sair.

GG - Qual a diferença entre montar uma banda e montar uma oficina? A “dor de cabeça” é a mesma?
Paulinho Fonseca – A banda você tem como dividir as responsabilidades, já a oficina fica tudo por minha conta.

GG - Você também é um colecionador de carros antigos?
Paulinho Fonseca: Sim, tenho um Camaro 67, um Bel Air 55, um Fordinho 32, um Mustang, um Cadillac. Na verdade tenho um monte de projetos, mas só o Camaro está pronto.

GG - A parceira com o quadro Lata Velha do Caldeirão do Huck foi uma proposta de quem? Existe planos do quadro se tornar permanente?
Paulinho Fonseca – Partiu do Luciano, nós conversamos muito até que chegamos no formato. E o bom, é que, além do programa ele é meu cliente.

GG - Em 1985, você entrou na faculdade de engenharia mecânica, porque você desistiu? Você pensa em voltar?
Paulinho Fonseca – Parei porque comecei a viajar muito com a banda e o curso não era o que eu esperava. Eu queria realmente a prática. Hoje, vejo a importância que da engenharia dentro da oficina e pretendo no futuro retornar e fazer o curso com maior dedicação e conhecimento.