Quem rufem os motores

Longe das baquetas, Paulinho Fonseca, baterista do Jota Quest, se dedica a Nittro Rod Hots, sua oficina especializada em incrementar carros antigos.

por João Carlos Magalhães
fotos Marcelo Naddeo

Bateria por aqui somente a de carro mesmo. Longe de turnês, Paulinho Fonseca, baterista do Jota Quest, troca as baquetas por graxa, parafusos e instrumentos que nadam a tem a ver com o universo musical. Tudo isso por causa da Nittro Rod Hots, oficina especializada em restaurar e envenenar carros fora de linha, que inaugurou em 2002, em Belo Horizonte (MG). Garoto, Paulinho era daqueles que, intrigados com o misterioso funcionamento das máquinas, adoravam desmontar e montar tudo. “Esse vai ser engenheiro”, era uma das frases constantes de sua infância. A profecia se cumpriu em 1985, ano em que ingressou no curso de engenharia mecânica – e também começou com as aulas de bateria. Doze anos adiante, com a faculdade devidamente abandonada, integrava uma das mais bem sucedidas bandas de rock-pop nacional e pôde, enfim, bancar um Bel Air Cupê 1955, raridade absoluta em solo brasileiro. Durante a busca pela preciosidade, que incluiu até ferros-velhos das cidades por onde o Jota Quest passava, conheceu o “Japão”, um especialista em carros antigos que veio a ser seu sócio na Nittro Rod Hots. Na oficina, atualmente, Paulinho revela que está preparando um Impala “moderno” para o amigo Luciano Huck.

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