Vocalista do Jota Quest comemora amadurecimento em ensaio
O cantor Rogério Flausino, do Jota Quest, aparece em um ensaio "psicodélico" na edição de setembro da revista Oi. Em entrevista à publicação, o músico fala sobre o amadurecimento do grupo.
"A gente cuida do nosso trabalho com muito mais carinho, paciência e atitude. Esse tempo nos fez mais inteligentes, perspicazes. Acho que estamos vivendo nosso melhor momento", diz Flausino.
O músico, no entanto, revela que não tem cuidados especiais com sua voz. "Tem dia que eu esquento a voz, tem dia que não esquento, tem dia que faço alongamento, tem dia que não faço p** nenhuma", conta.
No dia 2 de setembro, a banda vai a Porto Alegre gravar um DVD comemorativo de 10 anos de lançamento de seu primeiro CD. 60 mil pessoas deverão assistir ao show, no Anfi-Teatro Pôr do Sol.
http://musica.terra.com.br/interna/0,,OI1116819-EI1267,00.html


Aos 34 anos, Rogério Oliveira de Oliveira, ou melhor, Rogério Flausino – sobrenome emprestado do avô – diz viver um momento de maturidade pessoal e profissional. Ele é a voz do Jota Quest, banda mineira que atravessa ótima fase: faturou o Prêmio Multishow na categoria Melhor Grupo, se apresentou no Rock in Rio Lisboa (no mesmo dia dos lendários Roger Waters e Carlos Santana) e fez uma série de shows em território lusitano no mês de julho, estendendo seus domínios na praça em que vem batalhando desde 2003. Esbanjando simpatia, ele abre um sorriso na hora em que a equipe da Revista Oi mostra como serão suas fotos e solta um bem-humorado "Cês são tudo louco!". Como bom mineiro, só o que exibe é modéstia diante da possibilidade de ter sua imagem estampada na capa da edição: "Eu? Que moral, hein?"'
O que significa ser a voz da banda? É uma função de muita responsabilidade. Você tem uma opinião própria mas, naquele momento, está representando um grupo. Durante esses 13 anos, a gente vem se conhecendo. Quando falei coisas que alguém da banda não concordava, eles me falaram. Hoje sei que eles confiam muito em mim. Tentei demonstrar que não estou aqui para usar o espaço que a gente conquistou junto em meu benefício, estou representando uma turma. Num segundo momento, tem a questão do que se vai cantar. Nós cantamos músicas próprias ou regravações de artistas que a gente gosta. Mas é preciso que se tenha responsabilidade para escrever, porque você vai ficar cantando aquilo para o resto da vida. Isso é o que é sério. E o que é bom? O bom é que eu sou assim, cara. Sou aberto, descontraído. Gosto de subir no palco, pular, dançar e cantar pra caramba!
O Jota Quest já recebeu muitas críticas nesses 13 anos. Vocês estão mais maduros? Não tenha dúvida, cara. Acho que a palavra é essa mesmo: maturidade de convivência. Um grupo que faz música há 13 anos, tem mais de 60 canções... Quantas brigas por causa de determinado arranjo, um refrão, por causa da ordem que a música vai ter no disco, da cor da capa... Tudo isso amadurece um relacionamento. Ou rola um rompimento, ou nós vamos ficando cada vez mais unidos, mais amigos. O cara já sabe o que você não gosta nele e você já sabe o que ele não gosta em você. Tem também a minha maturidade pessoal: sou um cara de 34 anos. Eles também amadureceram. Eu acho que o momento da banda é esse, ser maduro a ponto de enxergar o quanto é importante ser do Jota Quest. A gente cuida do trabalho com muito mais carinho, paciência e atitude. Esse tempo nos fez mais inteligentes, perspicazes. A gente não faz mais qualquer coisa, já não aceita qualquer coisa, sabe melhor o que quer para a banda. Por isso, acho que estamos vivendo nosso melhor momento.
Sua voz mudou durante essa trajetória? Mudou, acho que ela mudou de timbre. Nas primeiras demos do Jota eu ainda cantava do mesmo jeito de quando comecei, com a voz mais leve. No palco, eu cantava forte. No estúdio, ficava com medo, não tinha experiência. O primeiro disco foi muito suave. E a primeira coisa que o Dudu Marote, produtor do nosso primeiro disco, falou foi que eu precisava cantar mais forte, empostar um pouco mais a voz. Foi aí que comecei esse processo e, juntando noites maldormidas, o cigarro e a night, hoje minha voz ficou bem mais grave. Gosto dela assim. Acho que a cantada do último disco foi a melhor. Agora aprendi a ser suave ou mais forte quando preciso. É a experiência. Mudou para melhor.
Você fez algum curso de técnica vocal? Fiz dois pequenos cursos. Um quando era adolescente, em Alfenas (MG), e outro em Belo Horizonte. No início do Jota, a gente estava num batidão e comecei a perder a voz. Nos cursos, aprendi algumas técnicas para colocar a voz no lugar. Faço estes exercícios até hoje, são os mais básicos, mas sou muito relapso nessa parte. Tem dia que esquento a voz, tem dia que não esquento, tem dia que faço alongamento, tem dia que não faço porra nenhuma.
Rogério nasceu e cresceu em Alfenas, cidade de 70 mil habitantes no sul de Minas Gerais. A inspiração para montar um grupo de pop-rock veio da primeira edição do Rock in Rio, em 1985, que marcou um momento de ebulição das bandas brasileiras. Começou a cantar aos 12 anos, ao lado do irmão Sideral, numa banda chamada Contacto Imediato. Aos 20 anos, formou-se em Informática e foi morar na capital mineira para trabalhar numa agência de publicidade. Menos de um ano depois, convidado para fazer um teste para integrar o Jota Quest, assumiu o posto de vocalista da banda e, desde então, sua vida mudou completamente.
Como foi o começo da vida profissional em Belo Horizonte? Comecei a cantar com 12 anos, com o Sideral. No início, tocávamos com caixa de papelão, guitarra de mentira, até que a gente aprendeu uns acordezinhos. Dos 14 anos pra frente, a gente já ganhava um dinheirinho. Eu tinha o meu dinheiro, que ganhava com a banda, e a gente reinvestia no próprio grupo. Quando vim para BH, foi o primeiro momento em que eu não tinha dinheiro. Ganhava um salário mínimo na agência, morava numa república e, agora, tinha que bancar rango, aluguel, transporte... Não morava mais no interior com os meus pais. E um salário mínimo não dava. Então meu pai me dava mais um salário mínimo. E o primeiro ano foi todo assim. Quando começou a banda, a gente ganhava muito pouco. E todo dinheiro a gente reinvestia. Depois de uns dois anos, falei para o meu pai que não estava dando para trabalhar e tocar. Eu e um amigo montamos uma agenciazinha de publicidade em casa para fazer capa de disco, convite, essas coisas. Assim eu podia ficar em casa trabalhando pelo Jota e ganhando uma graninha. O lance é que eu tirava mais dinheiro com essa minha agência do que o mísero salário mínimo que ganhava antes. Talvez, se a banda não tivesse dado certo, eu tivesse seguido por esse caminho.
O visual de Rogério Flausino mudou. Aos poucos, o estilo brechó do início da carreira deu espaço a roupas mais práticas. E praticidade parece ser a ordem do momento. Ele não demora mais um tempão para se arrumar. A coleção de macacos de brinquedo foi doada para um leilão beneficente. Outra mania eram os óculos escuros. "Tenho muitos, mas já não sofro por eles. Se perder, perdeu!", garante. E quando o assunto é futebol, é difícil arrancar declarações do cantor: "Você torce para que time, o que achou da Copa do Mundo?". E ele: "Vamos para a próxima pergunta!". Motivo? O Atlético Mineiro, time de Flausino, disputa a série B do Campeonato Brasileiro e, ao contrário de sua banda, passa por fase nada boa. A Copa também não mereceu comentários. Agora, quer ver o cantor falando pelos cotovelos? É só citar um dos seus maiores ídolos: Roberto Carlos (o cantor, claro. Não o do meião).
Como você recebeu o elogio do Roberto Carlos para a versão de Além do horizonte (de Roberto e Erasmo Carlos)? Com muito orgulho! Gosto muito das canções dele. Tenho até vontade de fazer um Rogério canta Roberto um dia. O cara chamou a gente para cantar no fim do ano. A gente disse: "E aí Rei, como vão ser os arranjos?". E ele (imitando Roberto Carlos): "Bicho, nós vamos fazer a música no arranjo de vocês, vocês estão aqui por causa desse arranjo. Eu nunca imaginei, bicho, que um dia alguém ia fazer um arranjo rock’n’roll desses". Ele foi simpaticíssimo e fiquei muito orgulhoso, tive a sensação de subir na vida naquele dia. Quando eu era criança, lá em casa se ouvia muito Roberto. Meu pai era fã ardoroso. Ele é dentista, o consultório era dentro de casa e eu era o DJ. Meu pai batia a caneta na parede, porque meu quarto era ao lado, e gritava "Rogério, bota o Roberto 73!". E depois: "Rogéééério, agora o Roberto 75!". Em viagem de família, ele enchia a Brasília de criança e rolava Roberto Carlos a viagem inteira.
Você tem um projeto paralelo ao Jota, de música eletrônica... Até gostaria de desenvolver mais esse lado, mas não tenho tempo. Quando dá, eu faço, mas não tenho pressa.
E as fãs, como é o assédio? É um assédio bom, não tem essa coisa de histeria, desmaio. E a gente faz a nossa parte. Se chegar alguém mais exaltado, conversamos sobre música, direcionamos o assunto para o nosso trabalho até acalmar a pessoa. Às vezes, o pessoal mais antigo dos fãs-clubes ajuda, fala que a gente não é de histeria. E a galera entende.
indicado por: alessandra pereira neves e juliana manckel
8 Comments:
vc já colocou as foto em so falta a quelas q ele está com o prefeito de prota alegre bjos alessandra pereira neves
ei vcs poderiam ter colocado meu nome pelomenos foi eu q encontrei estas fotos ale....
NOSSA....QUE FOTOS MARAVILHOSAS....
SUPER DIFERENTE!!! AMEI....
AMEI A VIAGEM PRA POA TB....
AGUARDANDO O GRANDE RELATÓRIO...
BJS
DÊ
Essas fots estão lindasss demaisss !!!
POA inesquecível ...apesar dos imprevistos !!
Bjuss galeraa da matrizz !!!
Oiiii galera!!!
Essa entrevista do Rogerinho ficou show!!! Adorei!!!
E as fotos ficaram demais!
Quero saber tuuudooo de POA, já que eu não fui...
Beijos,
Simone.
oi galera da matriz...
tou aqui em portugal numa ansiedade pra ler o relatorio de POA...
deve tar cheia de novidades a galera...
conta tudo...
Ameeeeeeeeeei estas fotos.
Me senti mencionada nesse negócio aí hehehe... pq mais antigo de fc... hehehehe... opa... to no meio! hehehehe
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